Ler significa reler, compreender e interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação. Sendo assim, fica evidente que cada leitor é coautor.
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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Curiosidades

De onde vêm nossas palavras
(Hélio Consolaro)

Tudo tem a sua história. A língua portuguesa não é diferente. Toda língua possui uma história que se confunde com a de seus falantes, ou seja, o seu povo. O português também é assim. Nossas palavras vêm de várias fontes. Vejamos:

1ª) Fonte primária e básica é o LATIM FALADO, que os filólogos denominam de "latim vulgar". Este latim era levado pelos soldados romanos a cada região conquistada pelo império. Em cada terra, os soldados romanos se misturavam na convivência, que também gerou uma mistura linguística do latim vulgar com a língua nativa do lugar, dando origem a vários idiomas, como: português, castelhano, catalão, provençal, francês, rético, italiano, sardo, dalmático (morto) e romeno.

A Península Ibérica foi conquistada no século III A.C.. Nela habitavam celtas, iberos, fenícios, gregos e outros grupos. Celso Cunha diz que poucas palavras destes povos permaneceram no português, como: balsa, barro, carrasco, louça, manteiga e alguns sufixos.

2ª) LATIM ESCRITO usado pela Igreja Católica e pelos intelectuais, de onde nasceram as palavras eruditas no português, como: celeste, fascículo, homúnculo, lácteo, miraculoso (de milagre).

3ª) Outras línguas, quase sempre neolatinas, das quais recebemos palavras que tiveram origem também no latim, como "amistoso", ligado à palavra castelhana amistad (no português amizade), do latim amicitate.

4ª) Invasões estrangeiras. Os visigodos, no século V, como os árabes, do século VII ao XV, estiveram na Península Ibérica, por isso há no português várias palavras de origem gótica, como: albergue, bando, guerra, trégua; de origem árabe, como: alface, álcool, cifra, faquir, tripa, xadrez.

De 1580 a 1640 Portugal permaneceu sob o domínio espanhol, são desta época o espanholismo, como: alambrado, granizo, hombridade, neblina redondilha, tablado, vislumbrar.

5ª) Imigrações. Já no Brasil, o português sofreu influência dos negros, que foram trazidos como escravos, como acarajé, candomblé, dengue, vatapá. Recebemos palavras também do povo nativo, os índios, principalmente nos nomes dos acidentes geográficos e das cidades. Depois dos europeus e asiáticos vindos ao Brasil no final do século XIX e início do século XX, como: italianos, espanhóis, japoneses. Por isso, o português do Brasil foi se distanciando do português de Portugal.

6ª) Influência cultural. A intelectualidade brasileira já sofreu forte influência cultural da França, por isso temos palavras importadas do francês, como: chique, croqui, tricô, menu, omelete, purê, sutiã. Atualmente sofremos uma influência forte do inglês norte-americano, como: basquete, vôlei, boxe, ringue, uísque, nocaute, cartum, filme. Havendo muitas palavras que conservam a ortografia inglesa, como: marketing, software, overnight, holding, lobby.

E o português continua aberto à importação de termos estrangeiros, principalmente em tempos de globalização.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Preparação para a produção

Seu exercício como escritor será criar uma história base : é a situação a partir da qual você escreve um conto, uma novela, um romance, um filme.

Exemplo?

Líder de grupo de combate quer sair do campo de batalha para cuidar da família. 15 palavras e, conforme você for respondendo às perguntas de enredo essa história vai tomando forma. escrita em, no máximo, três linhas.

Só três linhas??? Você deve estar se perguntando como colocar tudo o que deseja contar em
três linhas.

Veja, por exemplo, a aplicação do método Autoria na definição da história de “Senhora”, de José de Alencar:

Moça pobre herda grande herança e resolve comprar o ex-namorado, que a havia trocado por mulher mais rica.
ou

Rapaz ambicioso aceita proposta para casar com mulher rica, sem saber que a noiva é mulher que ele amava, com quem rompeu por ela ser pobre.

* Pense em uma situação que poderia acontecer no Rio de Janeiro, com gente que vive lá, enfrentando problemas, resolvendo coisas, sonhando alto...
* Defina em três linhas essa história. Três linhas são 80 palavras ou 350 caracteres. Pode ser inclusive uma história que você leu no jornal, viu na televisão, ouviu no rádio.
* Na Narrativa (Tramas), num primeiro momento, você escreverá um rascunho com pontos básicos como personagens e locais onde a história se passa.

Responda as questões e ficará fácil criar a sua narrativa:

Em que lugar se passa a história?; Em que época se passa?; Quem participa da história (2 ou 3 personagens) Dê nomes e diga quem são ou o que fazem.; Em que lugares os personagens circulam?; Qual é o objetivo do personagem principal? O que ele quer?; Existe algum problema, disputa ou mistério?; Qual o título da história?

Envie por e-mail para joselhalessa@bol.com.br

Produção de Texto

PROCURA-SE PAULA

Eu e você, no Terraço Itália, 7 de julho de 1994, São Paulo.
Eu, europeu, estava passando alguns dias no Brasil.
Você, brasileira, estava promovendo uma marca de whisky.
Eu, e você, no dia seguinte, passamos algumas horas no Parque Ibirapuera.
Eu, 23 anos.
Você, 18.
Você me deu seu telefone.
Eu, infelizmente, perdi.
Eu, só após 4 longos anos, pude fazer este anúncio.
Você, mande sua foto dizendo o nome do hotel em que me hospedei, para Caixa Postal 10.986
CEP 04010-970 – São Paulo – SP
Eu estou esperando você.
Folha de São Paulo

Os fatos presentes nessa notícia constituem a matéria-prima do texto que você irá criar. Todo escritor, ao escrever uma história (conto, romance, novela, telenovela, etc.) parte dos fatos. A seguir, ele os amplia por meio:
• da caracterização física e psicológica das personagens
• da fala das personagens
• da descrição do ambiente
• da escolha do foco narrativo
• da definição do conflito
• da seleção e ordenação dos fatos.
Agora escreva uma história com base nos fatos apresentados pela notícia acima e envie por e-mail para joselhalessa@bol.com.br

sábado, 13 de junho de 2009

Meus queridos alunos

O nosso planeta se divide entre os que habitam no Sul ou no Norte, no Oriente ou Ocidente, os mais novos e os idosos, os que acreditam em Deus e os que não têm crença, mas principalmente entre as pessoas que leem ou não leem. E a distância que as separam é enorme. Quando de uma forma ou de outra consigo contagiar vocês, meus alunos, com o prazer de ler, fico muito contente, porque o resto é consequência. Ler não como obrigação, mas sim pela paixão, seja esse livro de papel ou eletrônico.

Desafio

Como você continuaria esse conto do Quintana?

"Nunca se deve deixar um defunto sozinho. Ou, se o fizermos, é recomendável tossir discretamente antes de entrar de novo na sala. Uma noite em que eu estava a sós com uma dessas desconcertantes criaturas, acabei aborrecendo-me (pudera!) e fui beber qualquer coisa no bar mais próximo. Pois nem queira saber. Quando voltei, quando entrei inopinadamente na sala, estava ele ... "

Envie a sua história para o e-mail joselhalessa@bol.com.br

terça-feira, 9 de junho de 2009

Para refletir...

DA DISCRIÇÃO

Não te abras com teu amigo
Que ele um outro amigo tem
E o amigo do teu amigo
Possui amigos também. ...

Mario Quintana

Não deixe de comentar. Compartilhe conhecimento!

sábado, 6 de junho de 2009

COMO SURGIU O DIA DOS NAMORADOS

O Dia de São Valentim, Dia dos Namorados, ou em inglês, Valentines Day, tem origens que remotam aos tempos do Império Romano (29 a.c.-395 d.c.). Durante o reinado do Imperador Claudius II (o I era o marido de Messalina...), Roma estava envolvida em diversas campanhas militares, tão sangrentas quanto impopulares.
Para saber mais clique no título.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Não esqueçam de conferir as fotos no site.


Meio Ambiente

O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado hoje, 5 de junho. A data, instituída em 1972 pela Organização das Nações Unidas (ONU) durante conferência realizada em Estocolmo, na Suécia, foi adotada pelo Brasil em 1981, com a assinatura do decreto 86.028, em 27 de maio daquele ano. Por meio dele também foi decretada na ocasião, a Semana Nacional do Meio Ambiente. E nós, do JQ, não poderíamos deixar esta data tão especial passar em branco. Confira as fotos da passeata no link ao lado.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Ruth Rocha

*6ºAno* Turma 602

MEUS LÁPIS DE COR SÃO SÓ MEUS

A Lulu estava muito contente naquele dia.
É que era o dia do aniversário dela.
Quando ela chegou da escola já encontrou a mamãe preparando a festa.

O bolo já estava pronto, os brigadeiros, as balas e os pirulitos.
O papai estava enchendo as bolas e a tia Mari estava botando a mesa na sala.
Todos almoçaram na cozinha para não atrapalhar as arrumações.

Então Lulu tomou banho e vestiu sua roupa nova, que a mamãe tinha comprado para ela. E se arrumou toda e a mamãe botou nela um pouquinho de água de colônia.

O primeiro convidado que chegou foi o priminho da Lulu, o Miguel.
Depois chegou a Taís, o Arthur e o Caiã e todos os colegas do colégio.

E ficaram todos brincando no jardim.

Aí todos entraram para abrir os presentes.

Depois foram soprar as velinhas e cantar parabéns.

Lulu gostou de todos os presentes, mas o que ela mais gostou foi da caixa grande de lápis de cor que se abria feito uma sanfona e que tinha todas, mas todas as cores, mesmo.

Depois que todos foram embora a Lulu foi dormir e ela até botou a caixa de lápis de cor do lado da caminha dela.

Então, logo de manhã, a Lulu já se sentou na mesa da sala, pegou o bloco grande de desenho e começou a fazer um desenho bem bonito, com seus novos lápis. Aí chegou o Miguel, que veio passar o dia com ela.

Ele se sentou junto da Lulu e disse que também queria desenhar.
Mas Lulu não quis nem por nada emprestar os lápis a ele.
- Os meus lápis de cor são só meus! – ela disse.

A mãe de Lulu ficou zangada:
- Que é isso, minha filha? Os dois podem desenhar muito bem. Empreste os lápis para o seu primo!
Mas o Miguel já estava enjoado dessa conversa, e foi para fora andar de bicicleta.

A Lulu desenhou casinhas e desenhou bonecas e desenhou um pato e um elefante. E pintou todos os desenhos com seus lápis novos e mostrou para a mamãe. Mamãe disse que estavam todos ótimos, mas que ela guardasse os desenhos e os lápis que ela precisava preparar a mesa para o almoço.

A Lulu juntou todos os lápis, mas, em vez de guardar na caixa, que é o melhor jeito para se guardar lápis, ela botou os lápis em cima do bloco e foi para o quarto, equilibrando tudo.

Ela foi subindo as escadas, subindo as escadas, até que já estava chegando lá em cima, quando ela perdeu o equilíbrio e deixou os lápis caírem todos escada abaixo. Os lápis rolaram pela escada e foram batendo, batendo, batendo nos degraus.

A Lulu desceu as escadas e viu que todas as pontas dos lápis estavam quebradas. Então ela começou a chorar, que os lápis estavam estragados e que nunca mais ela ia poder desenhar. O Miguel, que estava brincando lá fora, veio correndo apara ver o que tinha acontecido.

Então ele disse à Lulu:
- Não chore não, Lulu, eu vou buscar meu apontador lá em casa e eu aponto todos os seus lápis. E ele foi e logo ele chegou com o apontador.

O Miguel apontou todos os lápis da Lulu.
Então a Lulu convidou:
- Miguel, você não quer desenhar comigo?

E o Miguel veio e eles fizeram uma porção de desenhos, e o Miguel ensinou a Lulu a fazer um automóvel e a Lulu ensinou o Miguel a fazer um elefante. Aí o Miguel ensinou a Lulu a fazer um foguete que voava direitinho. E a Lulu ensinou o Miguel a recostar umas bonecas engraçadas.

E a Lulu se divertiu muito mais do que quando ela ficava desenhando sozinha.


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Leitura e escrita

Lendo, sempre, você conhece melhor a língua e aumenta seus conhecimentos para, depois, escrever como quiser, sobre qualquer assunto.
Leia tipos diferentes de textos: reportagens, crônicas, romances, e-mails, pesquisas, livros didáticos. E depois pense no que diferencia um do outro: assunto, objetivo, vocabulário?
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